Mesmo com o avanço de temas que são discutidos socialmente, alguns problemas ainda contam com altas taxas no país. Um deles, infelizmente, é a gravidez na adolescência.

Ser mãe é uma experiência única, no entanto, quando precoce e não planejada, pode acarretar em uma série de problemas para a saúde tanto da mamãe quanto do bebê, incluindo o risco de morte para ambos. Especialistas apontam que há, aproximadamente, 4 vezes mais chances de uma grávida morrer se ela tiver 15 anos ou menos.

Segundo um relatório da Save the Children de 2012, a gravidez é a principal causa de morte entre adolescentes em todo o mundo e a raiz do problema está na falta de acesso a métodos anticoncepcionais e ao pouco planejamento familiar em muitos países. Além disso, jovens entre 15 e 18 anos engravidam quando seus corpos ainda não estão preparados para dar à luz.

Em um estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynaecology, feito com jovens gestantes na América Latina, viu-se que grávidas com 15 anos ou menos têm mais chances de desenvolver anemia grave, além de riscos elevados de hemorragia pós-parto.

Trata-se também de uma questão que precisa ser vista pelo olhar socioeconômico do país, e não só no âmbito da saúde. De acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), na Europa, o fenômeno é menos comum pelo grau de desenvolvimento e maior número de idosos no continente. Já o Brasil tem uma população muito jovem, com dificuldades econômicas, culturais e sociais, aliadas a uma educação e um sistema de saúde deficientes.

Acesso a informação, visitas regulares ao médico ginecologista, exames preventivos e métodos anticoncepcionais sob orientação médica são as melhores formas de prevenir não só a gravidez como também as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).