Trata-se de uma condição caracterizada por significativa diminuição de oxigênio durante o período periparto, no nascimento ou após os primeiros minutos de vida.
Estudos apontam que a asfixia perinatal atinge mais de 1,15 milhão de bebês por ano. No Brasil, em um período de doze meses, estima-se que de 15 a 20 mil bebês nascem com falta de oxigenação no cérebro.
As principais consequências da asfixia perinatal são a lesão neurológica e a morte fetal. Hoje é a terceira causa de morte neonatal, além de principal quadro de lesão cerebral permanente em bebês.
É preciso prevenir!
De acordo com a Associação Brasileira de Neurologia, https://www.abneuro.org.br/, na última década, novas abordagens tiveram eficácia comprovada. No entanto, acredita-se que menos de 5% dos recém-nascidos asfixiados têm acesso ao tratamento e suporte adequado no País.
Alguns fatores de risco:
Durante a gestação: ausência de pré-natal, tabagismo, alcoolismo e uso de drogas ilícitas, diabetes melito, hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e anemias.
No período periparto, trabalho de parto e parto: descolamento prematuro de placenta, prolapso, nó e circular de cordão umbilical, trabalho de parto prematuro ou trabalho de parto
prolongado, anestesia geral e/ou analgésicos/sedativos entre outros.
Logo após o nascimento: Depressão respiratória no feto, malformações ou obstruções de vias aéreas.
E para evitar esses quadros é muito importante a qualidade de atendimento ao pré-natal, história clínica, exame neurológico, assistência obstétrica adequada às gestantes de risco e cuidados apropriados ao recém nascido na sala de parto e durante a internação.