Devido às quedas abruptas hormonais depois de dar a luz, muitas mães experimentam a depressão pós-parto. Segundo o professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), Joel Rennó Junior, cerca de 60% das mulheres que sofrem deste mal já apresenta indícios na gestação. Ele ainda acrescenta que cesárias de emergência, estresse no cuidado com o filho, suporte social inadequado e diabetes também estão associados a esse quadro.
Quem enfrenta depressão pós-parto apresenta maior risco de ter descontinuação na amamentação, conflitos familiares e negligências em relação às necessidades físicas e psíquicas do filho. Além disso, o episódio depressivo da mãe pode acarretar danos em uma série de questões relevantes para o desenvolvimento psicológico, social e de linguagem do bebê.
A depressão pós-parto tem tratamento e, assim como toda doença mental, deve ser acompanhada de perto por um profissional para orientações e, se necessário, medicamento.