A Federação Mundial de Neurologia (WFN) enfatiza, neste 2018, os prejuízos da poluição do ar à saúde, por intermédio da campanha “Ar limpo para a saúde do cérebro”. Nos últimos anos, cientistas confirmaram que os poluentes entram no corpo através dos tratos respiratório e alimentar, causando respostas inflamatórias subliminares e atingindo o cérebro através da corrente sanguínea ou do sistema respiratório superior. O dano resultante à microbiota intestinal também pode ter um impacto no cérebro
O estudo Global Burden of Disease, realizado em 188 países, conclui que o ar poluído é responsável por 30% dos casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral).
No Brasil, exitem cerca de 220 mil novos casos de AVC por ano. Do total, aproximadamente 90 mil vão a óbito, 20% ficam com sequelas graves e outros 20%, sequelas moderadas. E o ar poluído é um grande vilão, já que aumenta a pressão arterial, que é a principal causa do AVC.
A saúde cardiovascular do sexo feminino é das mais ameaçadas. A partir de dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), notou-se um crescimento na quantidade de mortes por AVC entre as mulheres de 2010 a 2015 – justamente o oposto do que vem acontecendo com os homens. Confira no gráfico:
À esquerda, o número de homens e mulheres que morreram em decorrência de AVC. Embaixo, os anos em que tais números puderam ser observados.