Estudiosos suecos e britânicos mostram que, um número bem menor de mulheres morreria após um ataque cardíaco, se recebessem tratamento similar ao dispensado aos homens. Diversos pesquisadores analisaram Baseados em dados de um registro online de ataques cardíacos da Suécia, pesquisadores concluíram elas têm menor probabilidade de receber assistência apropriada depois de um infarto que os homens.
O trabalho deixou claro que os eventos cardiovasculares são encarados, equivocadamente, como algo próprio do sexo masculino. Foram estudados episódios de 180.368 pacientes suecos nos dez anos pós-infarto. Segundo as evidências, as mulheres teriam três vezes mais chances de morrer de um ataque de coração no ano seguinte após sofrer um.
O levantamento ainda indica que as mulheres possuem 34% menos chances de serem submetidas a métodos para desbloquear artérias, como ponte de safena. A possibilidade de receber prescrição para medicamentos que podem prevenir um segundo ataque cardíaco é menor em 24%. Esses tratamentos são indicados pelo protocolo médico tanto para homens, quanto para mulheres.
Também se chegou à conclusão de que, ao receberem os tratamentos propostos de forma semelhante, a diferença de mortalidade entre os dois sexos cai em quase todas as circunstâncias.
Essa disparidade em mortalidade e no tratamento médico entre homens e mulheres, de acordo com os pesquisadores, tende a ser ainda maior em outros países, dependendo da quantidade de casos e das características da rede de saúde.