A mulher passa por diversas alterações hormonais no decorrer da vida e a cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, pode sofrer influencias desses quadros. De acordo com estatísticas da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 76% das mulheres sentem esse incômodo pelo menos uma vez por mês. Se os episódios ocorrem por mais de 15 dias por mês, com crises diárias de duração média de quatro horas, é considerada crônica.
Ainda de acordo com a SBC, a população feminina é a que mais sofre com enxaquecas – 18% delas, enquanto nos homens correspondem a apenas 8%. A prevalência é na idade fértil da mulher, diminuindo, na maioria dos casos, durante a gravidez e após a menopausa; é no período menstrual que elas mais sofrem.
O anticoncepcional pode aliviar os quadros de enxaquecas – todavia, há alguns grupos de pessoas que apresentam a migrânea para os quais não são indicados: mulheres com histórico de AVC; e, devido ao risco o maior de infarto cerebral, as com antecedentes de hipertenção arterial sistêmica, diabetes militus e obesidade.
Sentir dor de cabeça pode comprometer a qualidade de vida e produtividade profissional, mas atualmente é possível realizar tratamento preventivo. Técnicas de relaxamento, gerenciamento de estresse e terapia comportamental cognitiva, por exemplo, podem ser combinadas com remédios inibidores de dor e proporcionar alívio para as cefaleias crônicas.
Com o uso aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde junho de 2011, a toxina botulínica se apresenta como mais um possível tratamento para quem sofre de fortes dores de cabeça diárias.
É fundamental buscar um médico especialista para diagnóstico correto da dor de cabeça, bem como para aplicação da terapeuta adequada, visando melhorar qualidade de vida e evitar o uso abusivo e indiscriminado de medicação analgésica.