Conheça as diferenças entre hipotireoidismo e hipertireoidismo

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Conheça as diferenças entre hipotireoidismo e hipertireoidismo

Os problemas de tireoide estão entre as que mais atingem os brasileiros, acometendo aproximadamente 15% da população, principalmente do sexo feminino, segundo consta no censo do IBGE. Ainda de acordo com a instituição, cinco milhões de mulheres desconhecem que são portadoras de algum tipo de disfunção devido à falta de conhecimento dos sintomas.

Entre os males mais frequentes na região, estão o hipotireoidismo, o hipertireodismo e nódulos benignos. Quanto antes diagnosticado, melhor o prognóstico com o tratamento adequado. O que dificulta são os próprios sinais, que são pouco detectáveis e atrapalham na identificação da patologia.

Localizada no pescoço, a tireoide libera dois hormônios essenciais ao bom funcionamento do organismo, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina). São responsáveis por regular a velocidade do metabolismo e interferir no desempenho de órgãos importantes, como o coração, rins e também no ciclo menstrual. Por isso, qualquer disfunção afeta uma série de funções vitais do nosso corpo. É fundamental conhecer a diferença das duas principais doenças decorrentes:

Hipotireoidismo


 
 

Pode ser classificado pela baixa produção dos hormônios produzidos pela tireoide. Afeta, especialmente, o sexo feminino - estimativas do IBGE mostram que atingem cerca de 10 vezes mais as mulheres do que os homens. Vários motivos permeiam a causa da doença e o mais frequente é uma variação autoimune, ou seja, quando o próprio corpo começa a atacar a tireoide. Esse tipo é classificado como Tiroidite de Hashimoto, que ocorre quando os próprios anticorpos agem como se a glândula fosse um corpo estranho no organismo. Altas e baixas doses de iodo no organismo também podem afetar a produção hormonal de T3 e T4.

Entre os sintomas, o alerta está no metabolismo lento, que apresenta menor número de batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo e dores musculares. Alimentos ricos em selênio podem contribuir para o bom funcionamento tireoidiano; contém antioxidantes que combatem os radicais livres, prejudiciais às células saudáveis. O mineral é encontrado em peixes, alho, cebola, pepino e cogumelo. O iodo também ajuda na prevenção de males da tireoide. Para o tratamento, é indicada reposição hormonal, à base de levotiroxina (L – T4).


Hipertiroeidismo

 
 

Embora menos comum, ainda afeta milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do IBGE e também é mais frequente nas mulheres. Os números da Organização Mundial da Saúde estimam que elas sofrem do problema até cinco vezes mais do que os homens.

Sua causa principal é consequência de a glândula da tireoide estar exageradamente ativa, produzindo uma excessiva quantidade de hormônios. Os sintomas são opostos ao hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.

Medicamentos específicos reduzem a função tireoidiana e controlam a produção hormonal pela tireoide. Outro tratamento bastante comum é com iodo radioativo, mais conhecido como radiodoterapia. Durante esse tratamento, a glândula tireoide absorve o iodo da circulação e quando penetra na glândula, começa a destruí-la lentamente. Esse processo pode durar meses, mas tem efeito definitivo.


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